Explorando as falhas recorrentes nos treinamentos e os desdobramentos que impactam a produtividade e competitividade empresarial, surge uma questão crucial: quais são essas falhas que permeiam os treinamentos?

Um conjunto inicial de falhas que amplia o fracasso dos treinamentos provém da falta de um desenho instrucional adequado. Muitos treinamentos, sem o devido planejamento, avançam sem compreender plenamente o problema de aprendizagem a que se propõem resolver. Esta ausência de estrutura resulta em cursos sem direcionamento, carregados de conteúdo genérico e destituídos de engajamento por parte dos aprendizes.

Assim, esses treinamentos abstratos e mal planejados não se ajustam às demandas específicas da empresa, criando um abismo entre o treinamento e a aplicação prática, resultando em ineficácia palpável. Investir tempo e recursos em treinamentos que não confrontam os desafios reais desemboca em um esforço mal aproveitado.

A base da Metodologia Agile Learn está no design instrucional, uma etapa primordial para o êxito da jornada de aprendizado. Este processo é sustentado por quatro etapas: “Learn problem canva” (problema de aprendizagem); “Learn persona canva” (persona do aprendiz); “Learn Design canva” (design da aprendizagem) e os “Sprint’s de aprendizagem canva” (componentes da trilha de aprendizagem). O primeiro desses elementos, notavelmente, é o alicerce, delimitando claramente o desafio de aprendizagem em foco. A partir dele, os demais componentes se alinham para elaborar uma proposta de ação de aprendizagem capaz de gerar os resultados almejados.

Outro conjunto de falhas que desempenha papel relevante no fracasso dos treinamentos reside nas complexidades inerentes à transmissão precisa do conhecimento – a forma de exposição, os recursos didáticos utilizados, a gestão da atenção, entre outros. Frequentemente, os instrutores são escolhidos por sua competência técnica, mas essa competência não garante as habilidades didáticas e pedagógicas necessárias.

Instrutores carentes de habilidades didáticas podem levar à compreensão superficial e aplicação inadequada do conhecimento.

A Metodologia Agile Learn reforça as habilidades pedagógicas dos instrutores corporativos por meio de duas oficinas: Microteaching e Storytelling.

O Microteaching, técnica utilizada no treinamento de professores, oferece oportunidade para aprimorar nove micro-habilidades didáticas. Seu propósito é aprimorar as habilidades de ensino e proporcionar feedback construtivo. Por outro lado, o Storytelling, a arte de contar histórias, emerge como ferramenta poderosa na aprendizagem organizacional, capaz de comunicar ideias, conceitos, comportamentos e motivar indivíduos. A oficina de Storytelling aprimora a capacidade de criar e narrar histórias com objetivos de aprendizado específicos.

O último grupo de falhas recorrentes nos treinamentos empresariais está ligado à negligência no processo de concepção e produção do material didático. Esses recursos pedagógicos desempenham papel crucial no processo de ensino-aprendizagem, tanto na apresentação inicial do conhecimento quanto na revisão subsequente.

Os materiais didáticos podem ser divididos em duas categorias: gráficos e audiovisuais. Enquanto os materiais gráficos utilizam imagens e gráficos para transmitir o conteúdo, os materiais audiovisuais incorporam som e imagens. Materiais gráficos com conteúdo ultrapassado, linguagem pouco clara, estrutura confusa e visual pouco atraente têm um efeito contraproducente na transmissão do conhecimento. De forma similar, as videoaulas sem roteiro, com problemas de áudio, sem legenda ou destaques, também prejudicam a eficácia dos treinamentos.

O curso de Formação de Instrutores Corporativos, que abrange a Metodologia Agile Learn, capacita para o planejamento e produção de variados materiais didáticos, tanto gráficos quanto audiovisuais.

Ao longo do percurso, os participantes são apresentados a diversas ferramentas gratuitas ou de baixo custo para a produção desses materiais. Na Formação, destacam-se: e-Book, apresentações (slides), mapas mentais, flashcards, quizzes, microaulas em vídeo, videoaulas e preparação para aulas remotas.

Resumindo, listamos as principais falhas recorrentes nos treinamentos empresariais, abrangendo aquelas que se enquadram em pelo menos um dos grupos supracitados:

1. Treinamentos desfocados: quando o conteúdo dos treinamentos não se alinha com as necessidades e objetivos da empresa, a eficácia fica comprometida.

2. Instrutores sem didática e falta de planejamento: instrutores desprovidos de habilidades de ensino ou sem plano de aula coerente podem tornar as sessões confusas e pouco envolventes, impactando negativamente a compreensão e absorção do conteúdo.

3. Material didático desatualizado e sem aplicação prática: conteúdo ultrapassado e pouco aplicável não contribui para a preparação dos colaboradores. A relevância do material é vital para a transferência eficiente do conhecimento ao ambiente de trabalho.

4. Participantes que não compreendem a importância: quando os participantes não percebem a relevância dos treinamentos para seu crescimento profissional e o sucesso da empresa, a motivação e o engajamento sofrem, impactando a aprendizagem.

5. Baixo engajamento: treinamentos monótonos e desinteressantes resultam em baixo engajamento dos participantes. A interatividade, a variedade de recursos e a dinâmica das sessões são cruciais para manter o interesse.

6. Treinamentos longos e cansativos: sessões de treinamento excessivamente longas e concentradas podem sobrecarregar os participantes, prejudicando a retenção e o aprendizado eficaz.

7. Baixa retenção de conteúdo: sem estratégias de reforço e revisão, os participantes podem esquecer rapidamente o que aprenderam. A falta de reforço compromete a aplicação prática do conhecimento.

8. Ausência de estratégia de acompanhamento: a falta de acompanhamento após os treinamentos impede a avaliação da eficácia e dificulta a identificação de melhorias necessárias.

9. Aulas monótonas: aulas sem narrativa coerente, lógica e interatividade podem levar ao desinteresse e à desconexão dos participantes.

10. Problemas nas vídeoaulas: com falhas técnicas ou falta de recursos como áudio, legenda e destaques prejudicam a experiência de aprendizado.

11. Material didático inadequado: conteúdo criado por indivíduos sem domínio do tema pode conter erros e informações equivocadas, causando frustração e desperdício de tempo. Material didático mal produzido pode gerar confusão e desmotivação.

12. Apresentações ineficazes: slides com texto excessivo, falta de estética e sequência lógica prejudicam a compreensão e tornam as aulas pouco envolventes.

13. Instrutores sem habilidade de gestão de sala: instrutores que não conseguem manter a atenção da classe podem resultar em participantes desinteressados e distraídos, prejudicando a absorção do conteúdo.

Para transpor tais desafios, é essencial que as empresas invistam em treinamentos estratégicos, com conteúdo pertinente, instrutores competentes e métodos pedagógicos envolventes.

A constante supervisão, adaptação das abordagens e busca incessante pela inovação constituem os pilares fundamentais para garantir a eficácia dos treinamentos e a constante preparação da equipe para os desafios do cenário corporativo em mutação constante.

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