Estamos em um período de notáveis transformações estruturais, onde os mercados se mostram cada vez mais competitivos. A emergência constante de novas tecnologias, o lançamento de produtos e serviços inéditos e o surgimento de concorrentes antes improváveis estão redesenhando os limites estabelecidos.

Nesse contexto, é incontestável que o conhecimento se posiciona como o ativo competitivo primordial da nossa época. Por outro lado, paradoxalmente, também é o ativo mais fugaz, dado que o conhecimento se torna obsoleto em um lapso de tempo surpreendentemente curto. Nesse cenário, as empresas necessitam desenvolver sistemas de aprendizado organizacional mais eficientes e eficazes, com o propósito de não apenas sobreviver, mas prosperar.

O conhecimento se posiciona como o ativo competitivo primordial da nossa época. Por outro lado, paradoxalmente, também é o ativo mais fugaz.

A aprendizagem organizacional é um processo social, que consiste em adquirir, compartilhar, criar e aplicar conhecimento. Através dela, as organizações podem melhorar o seu desempenho, adaptar-se às mudanças e fomentar a inovação. Esse conceito transcende a noção individual de aprendizado, evoluindo para um processo social que envolve todos os atores dentro da organização.

Nessa perspectiva, os treinamentos assumem um papel de destaque no âmbito da aprendizagem organizacional. Eles representam uma forma prática e bem estruturada de facilitar esse processo, proporcionando um ambiente para a aquisição, compartilhamento e aplicação de conhecimento. Assim, eles impulsionam o desenvolvimento individual e organizacional, contribuindo para a construção de uma cultura de aprendizado constante.

No entanto, muitas empresas se encontram em um dilema, pois estão perdendo produtividade e competitividade devido a falhas recorrentes em seus programas de treinamento. É válido ressaltar que nem todo desafio organizacional encontra sua origem nas deficiências dos treinamentos. No entanto, muitos dos desafios que as empresas enfrentam estão, de fato, interligados a falhas nos programas de treinamento. E essa situação é dividida em dois segmentos distintos: um relacionado à perda de produtividade e o outro à perda de competitividade.

Perde-se produtividade e competitividade devido a falhas recorrentes em seus programas de treinamento.

A perda de produtividade diz respeito à ineficiência operacional, em muitos casos, fatores como processos inadequados ou equipamentos ultrapassados não são os principais vilões. Em vez disso, a principal causa reside na capacidade da equipe de executar as tarefas de forma satisfatória. Nesse contexto, as falhas nos treinamentos se apresentam como prováveis causadoras desse problema. Muitas situações comuns refletem essa realidade.

Primeiramente, a falta de treinamento adequado dos colaboradores para suas funções resulta em uma execução ineficaz das tarefas. Essa situação culmina em atrasos, falhas nos produtos ou serviços, retrabalho e, por consequência, na diminuição da produtividade. Esse cenário é frequentemente originado por treinamentos mal concebidos, que não conseguem instigar engajamento e não conseguem transmitir conhecimentos relevantes para os colaboradores.

Outra situação comum ocorre quando treinamentos inapropriados resultam em prestações de serviços abaixo dos padrões esperados. Esse cenário impacta diretamente a satisfação do cliente, prejudicando a reputação da empresa e provocando a perda de clientes. É comum que os treinamentos não abordam as situações mais recorrentes que surgem no relacionamento entre a empresa e seus clientes, o que acaba por transmitir conteúdo irrelevante para que os colaboradores possam agir de maneira apropriada diante de cada circunstância.

A terceira situação surge quando colaboradores, destituídos de treinamentos apropriados em relação a processos, regulamentações e procedimentos legais, ampliam o risco de não conformidades, como as ambientais, fiscais e trabalhistas. Esse cenário pode resultar em multas, processos judiciais e, mais uma vez, prejudicar a imagem da empresa. A ocorrência de falhas nesses treinamentos pode dar origem a situações que ameaçam a estabilidade da companhia.

A quarta e última situação aborda as empresas que atuam em áreas geográficas extensas. Um exemplo notável é o caso das empresas franqueadoras, que frequentemente expandem sua presença por vastos territórios, com um grande número de unidades franqueadas. Em situações como essa, a padronização de processos e produtos emerge como um aspecto crucial para o sucesso tanto da empresa-mãe quanto dos franqueados. Nesse contexto, a ocorrência frequente de falhas nos treinamentos de integração e nos subsequentes pode resultar em processos defeituosos e em baixo desempenho operacional das franquias. A consequência mais grave é a desconformidade dos produtos ou serviços, impactando negativamente tanto os franqueados individuais quanto toda a rede. Portanto, fica claro que os treinamentos se configuram como elementos críticos para evitar a diminuição do potencial de vendas e da rentabilidade dessas empresas.

O segundo segmento substancial abrange a perda de competitividade, um desdobramento das falhas nos programas de treinamento.

Considerando a evolução constante dos negócios, o constante aprimoramento e a requalificação da equipe são essenciais para enfrentar os desafios emergentes.

Uma das situações engloba empresas que experienciam crescimento rápido em sua força de trabalho ou aquelas com um turnover considerável. Em ambos os casos, os treinamentos contínuos são imprescindíveis para incorporar rapidamente novos colaboradores e manter o fluxo de conhecimento. Tais circunstâncias podem resultar no enfraquecimento da cultura organizacional e na perda da capacidade de executar processos essenciais. Nessa conjuntura, treinamentos rápidos, focados e de custo acessível se revelam cruciais para sustentar a competitividade das empresas.

Outra situação relevante, em relação à perda de competitividade, ocorre durante momentos de transformações organizacionais, como reposicionamento de marca, adoção de novas estratégias, fusões ou aquisições. Até mesmo a simples introdução de uma nova tecnologia com impacto no sistema produtivo vigente exige que a equipe se adapte e seja requalificada com rapidez. Treinamentos desfocados, prolongados e desconectados das novas diretrizes estratégicas podem contraproducentemente influenciar a eficácia das mudanças organizacionais.

Uma terceira situação estratégica que demanda uma abordagem ágil na elaboração e aplicação de treinamentos envolve empresas que atuam em mercados dinâmicos e inovadores. Nesses cenários, a equipe precisa se manter atualizada com as últimas tendências. Portanto, a aquisição, compartilhamento, desenvolvimento e aplicação de conhecimento requerem treinamentos ágeis, focados e colaborativos. Esses aspectos são cruciais para garantir que as empresas continuem relevantes e competitivas em ambientes de constante mutação.

Em resumo, os treinamentos exercem um papel vital no aprimoramento da produtividade e competitividade das empresas. Entretanto, as falhas recorrentes nesses programas podem resultar em consequências graves. Identificar e corrigir essas falhas é imperativo para se destacar em um cenário de negócios desafiador e dinâmico.

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